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Filho de idoso morto após levar voadora

Filho de idoso morto após levar voadora

Tiago Gomes de Souza chorou durante a reconstituição do crime contra Cesar Fine Torresi em Santos (SP) — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna e Arquivo Pessoal

Bruno Cesar Fine Torresi, o filho do idoso que morreu após levar uma voadora em Santos, no litoral de São Paulo, pretende destinar o dinheiro da indenização que receberá do agressor para as despesas médicas da criança que presenciou o crime. Segundo a decisão da 2ª Vara Cível da cidade, o valor a ser pago…

Bruno Cesar Fine Torresi, o filho do idoso que morreu após levar uma voadora em Santos, no litoral de São Paulo, pretende destinar o dinheiro da indenização que receberá do agressor para as despesas médicas da criança que presenciou o crime. Segundo a decisão da 2ª Vara Cível da cidade, o valor a ser pago é de 40 salários-mínimos, o equivalente a R$ 60.720.

Cesar Fine Torresi, de 77 anos, morreu após ser agredido por Tiago Gomes de Souza no dia 8 de junho de 2024, no bairro Aparecida. De acordo com o boletim de ocorrência, o neto do idoso, de 11 anos, relatou que atravessava a rua entre os carros com o avô porque o trânsito estava parado. Tiago freou bruscamente o carro e Cesar se apoiou no capô, momento em que o agressor saiu do veículo e golpeou a vítima. Ele foi preso em flagrante.

Bruno é um dos três filhos do idoso e pai do menino que viu o momento da agressão. Em novembro do ano passado, ele entrou com uma ação por danos morais contra o agressor e a decisão da Justiça saiu no dia 23 de maio. Ainda cabe recurso.

Ao g1, Bruno explicou que, caso receba a indenização, o dinheiro será para tratamento do filho. “Passamos no psicólogo para saber como lidar com essa questão. Traumas não tem data para começar e nem terminar. Ao longo da vida, conviveremos com isso”, afirmou ele, em entrevista ao g1.

De acordo com ele, a criança fala com frequência sobre o avô, pois sente muita falta.

“Ele era bem presente nas nossas vidas, estava sempre aqui em casa. O passeio dos dois era tomar sorvete no shopping”, afirmou.

Ainda segundo Bruno, o menino também lembra dos últimos momentos que viveu ao lado de Cesar, principalmente porque a família mora próximo do local da agressão. “Acabamos sempre passando por onde tudo aconteceu”, lamentou.

Justiça
O próximo passo aguardado pela família de Cesar é a condenação do agressor. “Isso não trará meu pai para mim novamente, mas irá fazê-lo repensar inúmeras vezes no que fez e, quem sabe um dia, vir a se arrepender”, afirmou Bruno. Ele torce para que tamanha violência não ocorra com mais ninguém.

“É uma dor imensa que passamos. Esperamos a conscientização da população em seus atos. A Justiça tem nos ajudado, nos dando esperança de que não existe impunidade. Se Deus quiser e Ele há de querer, Tiago ficará preso”.
Na ação criminal, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve, em segunda instância, a decisão da Vara do Júri e Execuções de Santos (SP) de que Tiago seja levado a júri popular. Também cabe recurso.

Indenização
Durante o processo cível, Tiago afirmou que foi provocado pelo idoso porque se assustou com ele atravessando a rua e batendo no capô do veículo. Ele alegou que a situação causou uma “profunda irritação”, que foi determinante para descer do carro e praticar a agressão.

A defesa do agressor solicitou a suspensão da ação cível até o julgamento do processo criminal, mas não teve o pedido acatado pela Justiça.

O caso
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança relatou ao pai — filho da vítima — que ela e o avô atravessavam a Rua Pirajá da Silva entre os carros porque o trânsito estava parado.

De repente, segundo o menino, um carro avançou na direção deles, freou bruscamente e o idoso se apoiou no capô sem causar danos. No momento em que a vítima e o neto terminaram de atravessar, o motorista foi até eles a pé e deu a voadora, ou seja, um chute no peito do homem.

A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar no local, viu que o idoso era atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A vítima estava desacordada e foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, onde foi entubada, teve três paradas cardíacas e não resistiu.

O episódio gerou revolta e motivou discussões de pessoas que passavam pelo local. O suspeito correu para um estabelecimento comercial, mas foi localizado pela PM e preso.



Alagoas 24h

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