O estado de Alagoas já contabiliza 65 mortes de equinos com suspeita de intoxicação após o consumo de rações. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que acompanha o caso desde 26 de maio deste ano, após denúncias recebidas pela Ouvidoria da pasta. Com esse número, Alagoas se torna o terceiro…
O estado de Alagoas já contabiliza 65 mortes de equinos com suspeita de intoxicação após o consumo de rações. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que acompanha o caso desde 26 de maio deste ano, após denúncias recebidas pela Ouvidoria da pasta.
Com esse número, Alagoas se torna o terceiro estado com mais mortes confirmadas, atrás apenas de São Paulo (83) e Rio de Janeiro (69). No total, o país já soma 222 equinos mortos em episódios associados ao consumo das rações.
Segundo o Mapa, todos os casos confirmados até agora têm relação direta com a ingestão dos produtos da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Relatos de novas mortes em outras localidades, como no sudoeste da Bahia (40), Goiânia (70) e Jarinu-SP (34), estão sendo apurados. Contudo, ainda não foram formalizados pela Ouvidoria, o que dificulta a validação oficial dos dados.
Uma das dificuldades enfrentadas pelas autoridades é o caráter tardio dos sintomas apresentados pelos animais intoxicados. Muitos cavalos desenvolvem insuficiência hepática e só demonstram sinais clínicos dias após a interrupção da ração, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento.
Desde a primeira denúncia, o Ministério já realizou duas fiscalizações no único estabelecimento da Nutratta, responsável pela fabricação de rações para equinos e ruminantes. Em ambas, foram identificadas irregularidades sanitárias que motivaram a suspensão cautelar da produção. Em seguida, a comercialização de todos os produtos da marca também foi proibida.
A Nutratta entrou com um mandado de segurança para tentar reverter as sanções impostas. Entretanto, o Ministério apresentou os esclarecimentos à Justiça e aguarda a decisão judicial.
Denúncias sobre o caso devem ser formalizadas por meio da Ouvidoria oficial do Governo Federal: https://www.gov.br/ouvidorias/pt-br.