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Incontinência urinária: quando procurar ajuda médica e quais os tipos de tratamento

Dra. Rebeka Cavalcanti

Você sabia que a incontinência urinária afeta 45% das mulheres com mais de 40 anos?

Pois é… a incontinência urinária é muito comum, sendo a condição feminina mais comum após a menopausa.
Sabe o que é mais triste? Estatisticamente, nós, mulheres, só procuramos avaliação após 2 anos do início dos sintomas, e dois terços dessas mulheres saem dessa avaliação sem orientação ou tratamento.

A incontinência urinária pode ter um impacto extremamente negativo na qualidade de vida das mulheres, sendo motivo de isolamento social e depressão.

Você já se imaginou precisando ir ao banheiro o tempo todo, sem conseguir ficar mais de 1h longe? Sempre que sai de casa, precisa “mapear” os banheiros? Tem que usar absorvente ou fralda para dormir e sair de casa?

Morre de medo de que outras pessoas vejam a sua roupa molhada ou sintam o cheiro de xixi?

A incontinência urinária é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a perda involuntária de urina. Essa perda é classificada de acordo com o momento em que a perda acontece. Vou te explicar melhor:

Incontinência urinária de Urgência: Perda de urina associada ao desejo súbito e imperioso de urinar, muitas vezes acontecendo antes da chegada ao banheiro ou quando você está tirando a roupa.
Incontinência urinária de Esforço: Perda de urina associada ao aumento da pressão intra-abdominal (esforço), como tossir, espirrar, pegar algo pesado ou fazer atividade física.
Incontinência urinária Mista: Perda de urina que pode estar associada à urgência e ao esforço (mistura das duas primeiras).
Incontinência urinária Funcional: Perda de urina por incapacidade da pessoa de chegar ao banheiro, como em pessoas acamadas, deficientes físicos ou pessoas com necessidades especiais.
Incontinência urinária por Transbordamento: É a perda de urina constante e sem associação com a vontade de urinar, perda ao esforço e, muitas vezes, insensível. Acontece quando a nossa bexiga perde a capacidade de funcionar adequadamente, estando sempre cheia e perdendo urina constantemente. Eu gosto de usar a analogia de uma caixa d’água cheia que fica perdendo água pelo ladrão.

Uma segunda forma de classificar a incontinência urinária é de acordo com a sua gravidade:

Leve: Perda de pequeno volume, normalmente gotas, e de forma esporádica. Normalmente, não é necessário o uso de absorventes ou fraldas de proteção.
Moderada: Perda de um volume maior de urina que já chega a necessitar de uso de absorventes e tende a acontecer de forma mais frequente (algumas vezes por semana).
Intensa: É a perda de grandes volumes de urina, com necessidade de trocas frequentes de absorventes e/ou uso de fraldas, e tende a acontecer diariamente ou várias vezes ao dia.

Entender o tipo de incontinência urinária e a intensidade da perda serve para orientar o profissional de saúde sobre a melhor forma de tratamento.

É muito importante que as mulheres saibam que existem vários tipos de tratamento e que um médico especialista é o profissional ideal para entender os seus sintomas e orientar sobre a melhor conduta. Não existe uma “fórmula de bolo” para tratar todos os tipos de incontinência. É necessário um tratamento individualizado com profissional capacitado.

Só para você entender, existem medicações orais, medicações vaginais, mudanças comportamentais, conscientização e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico através da fisioterapia pélvica, uso de “laser” vaginal, cirurgias com uso de tela, com uso de toxina botulínica e até com a implantação de um neuromodulador para a bexiga.

Quer saber de uma coisa muito importante e que pouco se fala? Existe forma de PREVENÇÃO da incontinência urinária através da conscientização e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, evitando a obesidade, evitando a baixa de hormônio na mucosa da vagina após a menopausa, evitando a constipação intestinal, assim como outras medidas que o especialista pode te orientar.

Apesar da incontinência urinária ser muito comum e estar associada ao envelhecimento, principalmente em nós mulheres após a menopausa, PERDER XIXI NÃO É NORMAL! Não tenha vergonha! Procure ajuda! Existem urologistas e uroginecologistas especializadas para te ajudar nessas questões tão impactantes para nós, mulheres, como a incontinência urinária e a menopausa.

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