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Venezuela pede reunião com a ONU para questionar ‘agressão dos EUA’

Venezuela pede reunião com a ONU para questionar

A Venezuela pediu, esta quarta-feira (17), uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir “a agressão em curso dos Estados Unidos” contra o país.

A notícia foi divulgada pela agência Reuters que diz ter tido acesso a uma carta dirigida ao grupo de 15 membros europeus.

O veículo de comunicação relatou que um diplomata das Nações Unidas destacou que a reunião provavelmente seria agendada para a próxima terça-feira, dia 23 de dezembro.

O pedido da Venezuela ocorre depois de o presidente norte-americano ordenar um bloqueio “total e completo” à entrada e saída de navios petrolíferos sancionados pela administração Trump do país da América latina.

Trump acusou o regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de utilizar o petróleo para “se financiar a si próprio, ao tráfico de droga, ao tráfico humano, a assassinatos e raptos”.

“Pelo roubo dos nossos bens e por muitos outros motivos, incluindo terrorismo, tráfico de droga e tráfico de pessoas, o regime venezuelano foi designado como uma organização terrorista estrangeira. Por isso, hoje, estou ordenando um bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela”, acrescentou na sua rede social, Truth Social.

Por sua vez, Caracas considerou a decisão norte-americana como uma “ameaça grotesca”, acusando Trump de querer “impor de forma absolutamente irracional um suposto bloqueio militar naval”.

O governo de Maduro considera que a decisão de Trump viola “o direito internacional, o livre comércio e a livre navegação”, o que classificou como “ameaça temerária e grave”, tendo falado, inclusive, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre esta questão.

A recente escalada de tensões entre os dois países gerou ainda maior preocupação depois de o comentador ultraconservador Tucker Carlson ter afirmado que os congressistas norte-americanos foram informados de que Trump pretende declarar guerra à Venezuela no discurso que irá fazer à nação.

O governo norte-americano acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reeleito em 2024 após uma eleição cujos resultados foram contestados pela comunidade internacional, de controlar uma vasta rede de narcotráfico.

Maduro nega veementemente estas acusações, alegando que Washington as utiliza como pretexto para o derrubar e se apoderar das vastas reservas de petróleo do país.

Os Estados Unidos também reforçaram a presença militar no mar do Caribe desde agosto, sob o argumento da luta contra o narcotráfico, enviando para a região em outubro o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, com cerca de 5.000 militares a bordo e 75 aviões de combate, incluindo caças F-18, com uma escolta de cinco contratorpedeiros.

No final de outubro, o número de soldados norte-americanos no sul do Caribe e na base militar dos Estados Unidos em Porto Rico ascendia a 10.000, metade dos quais a bordo de oito navios.

Meios militares deslocados para o Caribe são os mais ofensivos da história da região, mas não sugerem uma invasão terrestre; quando invadiram Granada, Panamá e Haiti, americanos empregaram mais homens, mas menos musculatura bélica

Folhapress | 20:12 – 17/12/2025

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