Artesãos alagoanos integrantes do Programa Alagoas Feita à Mão celebraram um marco histórico na 7ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce), realizada em Fortaleza (CE), nos dias 9 a 14 de setembro.
Selecionados por edital, eles alcançaram um faturamento de R$ 347.020,00, mais que o dobro do obtido em 2024, quando somaram R$ 150 mil em vendas.
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O programa Alagoas Feita à Mão tem sido fundamental para ampliar mercados e consolidar a marca coletiva do artesanato local. A secretária executiva do programa, Júlia Caroá, comemorou os números da Fenacce.
“Celebramos com alegria esse resultado histórico. Mais que números, ele representa vidas transformadas, autoestima elevada e o reconhecimento nacional da cultura alagoana”, disse Júlia.
A diversidade e a qualidade das peças encantaram os visitantes da Fennace. Dois artesãos se destacaram como os maiores vendedores do estande. Um deles foi Enauro Rocha, que transforma o vegetal conhecido como coité em luminárias e pendentes.
“Na Fenacce só voltei com um pendente. Me sinto feliz e realizado em ver meu trabalho valorizado. Sou grato ao Programa Alagoas Feita à Mão por abrir portas tão importantes para nós artesãos”, reconhece mestre Enauro.
Rafael Palmeira foi o outro artesão que também figurou entre os mais procurados do evento.
“Esse resultado eleva nossa autoestima e nos dá certeza de que estamos no caminho certo. O artesanato não é só sonho, é também empreendedorismo. Ver nosso trabalho reconhecido e vendido é o incentivo que precisamos para seguir produzindo cada vez mais e melhor”, afirmou.
Rumo à Bahia
Após o sucesso em Fortaleza, o artesanato alagoano vai à Feira Nacional de Artesanato da Bahia (Fenaba), uma das maiores do país, que acontecerá de 9 a 12 de outubro.
Os selecionados pelo edital já foram anunciados, e a expectativa é de que Alagoas repita – ou até supere – o desempenho conquistado na Fenacce, fortalecendo ainda mais sua presença no cenário nacional do artesanato.
Carteira do artesão
Quando da participação dos artesãos nas feiras, eles têm apoio para alimentação, transporte das peças, independente da forma de seleção, mas a formalização é fundamental. Os artesãos precisam ter sua identidade profissional, a carteira do artesão.
A emissão das carteiras é de responsabilidade do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) que, em Alagoas, funciona na sede da Serfi, tendo como coordenadora Anne Ferreira.
“Com a carteira em mãos, o artesão pode participar de iniciativas do Programa Alagoas Feita à Mão e, entre outras coisas, acesso a políticas públicas, qualificação profissional e técnica, participação em feiras e eventos , acesso a microcrédito, isenção de ICMS em alguns casos, emissão de nota fiscal avulsa eletrônica e a possibilidade de contribuição para a Previdência Social, protegendo os direitos do artesão”, informa Anne.
Para obter a carteira do artesão, basta comparecer ao Centro de Referência Alagoas Feita à Mão, na Praça dos Martírios, em Maceió, das 8 às 12 horas.
Solicitações por WhatsApp (82 98705-7998) podem ser feitas, das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.