O bairro histórico do Jaraguá será palco, entre os dias 19 e 21 de março de 2026, de um dos maiores encontros de cultura e criatividade do Nordeste. A Artnor – tradicional feira de artesanato alagoano – retorna em grande estilo com a promessa de atrair mais de 30 mil visitantes e reunir cerca de 80 expositores em quatro dias de programação intensa.
O lançamento oficial aconteceu no Espaço Armazém, no coração do bairro histórico do Jaraguá, e reuniu empresários, artistas, artesãos, influenciadores, jornalistas, autoridades e representantes de entidades locais, em um coquetel que marcou o início da contagem regressiva para o maior evento de artesanato de Alagoas.
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A feira vai muito além da exposição de peças autorais: sua programação inclui oficinas, atrações culturais, vivências e roteiros gastronômicos que reforçam o caráter múltiplo do evento.
Trata-se de um espaço de encontro entre tradição e inovação, fortalecendo não apenas o artesanato, mas também o turismo, a economia criativa e os pequenos negócios locais.
Em sua última edição, realizada em 2024, a Artnor recebeu mais de 8 mil visitantes, contou com artesãos de 20 municípios alagoanos e movimentou cerca de R$430 mil em vendas.
Para 2026, a expectativa é de um crescimento expressivo, tanto em público quanto em oportunidades para empreendedores e artistas.
Um patrimônio cultural
Criada no fim da década de 1980, a Artnor rapidamente conquistou relevância regional, chegando a reunir 500 expositores e mais de 100 mil visitantes em edições históricas, como a de 2010.
Mais do que uma feira, o evento se consolidou como símbolo de valorização da cultura popular e de integração entre comunidades artesãs.
Para o mestre artesão João das Alagoas, que acompanha o movimento desde o início, a feira representa um marco na história do artesanato nordestino.
“A Artnor foi pioneira, abriu portas para mestres que já se foram e até inspirou feiras como a Fenearte, em Pernambuco. Eu participei de quase todas as edições e sei o quanto ela significa para nós, artesãos alagoanos”, destacou.
Mais do que vitrine criativa, a Artnor é também vetor de desenvolvimento econômico. Ao unir arte, turismo, agroindústria e pequenos negócios, a feira contribui para dinamizar a economia de Alagoas e reposicionar o Jaraguá como centro cultural.
Na visão do superintendente do Sebrae Alagoas, Domício Silva, esse é o grande diferencial da iniciativa.
“A Artnor vai além de uma mostra de artesanato. É um movimento cultural capaz de transformar vidas ao integrar arte, turismo, agroindústria e pequenos negócios. É um patrimônio de Alagoas que precisa ser fortalecido.”
O retorno ao Jaraguá
Depois de mais de uma década sem ser realizada, a Artnor voltou em 2024 e, agora, se firma como peça-chave para a retomada do Jaraguá como polo cultural.
Para empresários e moradores do bairro, a presença da feira ajuda a movimentar o comércio, atrair turistas e reavivar a identidade histórica do local.
O empresário Thiago Brandão, representante dos empreendedores da região, resume o sentimento.
“O Jaraguá é berço da nossa cidade e estamos lutando diariamente pela sua retomada. A volta da Artnor traz arte e cultura para as ruas, ajuda a superar estigmas e fortalece os negócios locais. Estamos de braços abertos para que ela cresça e se torne parte da história do bairro.”
Mais que feira, um movimento
Com raízes que remontam aos anos 1980 e histórias que se confundem com a trajetória de mestres artesãos, a Artnor não é apenas um evento: é um movimento de pertencimento, memória e futuro.
Em 2026, quando ocupar novamente o Jaraguá, reafirmará seu papel de vitrine do artesanato e de motor para a economia criativa alagoana.