O site ebird.org promove, neste sábado (11), o Global Big Day, momento em que observadores de aves em todo o mundo saem a campo para observar e fazer a contagem desses animais em um período de 24 horas. Ao coletar dados, eles colaboram com a ciência cidadã. Em Alagoas, ocorrem atividades em Murici, Coruripe, Pão de Açúcar e Olho D’Água das Flores.
“No Global Big Day, todos os observadores de aves do planeta se comprometem a ir a campo e fazer a contagem das aves que puder observar. Feita essa contagem, o observador preenche uma lista e envia para o Ebird, o maior banco de dados de aves do mundo, que é mantido pelo Laboratório de Ornitologia da Universidade de Cornell, em Nova York”, explica o observador de aves alagoano Eduardo Vieira, 69 anos, contador aposentado.
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“Como é um compromisso que todos assumem para o mesmo dia, a atividade funciona como um censo mundial de contagem das aves. Como a ação se repete anualmente, o Laboratório faz o estudo das variações de espécies e localização de observação”, acrescenta.
Eduardo faz parte do Grupo Passarinheiros de Alagoas, que reúne mais de 50 integrantes no aplicativo de mensagens Whatsapp, por onde trocam informações e marcam atividades. Eles participam do Global Big Day neste sábado com observações na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) Pau Brasil, mantida pela Usina Coruripe, no município de mesmo nome.

“A ciência cidadã nos proporciona a profunda satisfação de contribuir para a natureza. Cada indivíduo oferece uma parcela, ainda que pequena, e a agregação dessas contribuições, provenientes de todas as regiões do mundo, culmina em um esforço grandioso: o mapeamento global das aves”, reforça Eduardo.
Reportagem especial
O portal Alagoas Notícia Boa (ALNB) publicou, em agosto, a reportagem especial Passarinhar é Preciso – Da Caatinga à Mata Atlântica, a matéria mostra que o turismo de observação de aves ganha asas em Alagoas e revela um voo de oportunidades para a conservação, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Eduardo foi um dos entrevistados e falou justamente sobre a importância da atividade para a ciência cidadã, processo de democratização do conhecimento científico e empoderamento social, para o exercício da cidadania científica.

“O Global Big Day documenta cada espécie e sua respectiva quantidade em locais específicos. Ao participar, reconhecemos que nosso trabalho, enquanto ciência cidadã, é fundamental para a preservação e a observação contínua da natureza. Desse modo, experimentamos não apenas o prazer inerente a essa colaboração, mas também proporcionamos um benefício inestimável à sociedade, que é a manutenção de um ambiente natural preservado”, conclui Eduardo.