Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Governo taxa LCI e LCA e aumenta JCP em nova MP

Governo taxa LCI e LCA e aumenta JCP em nova MP

O governo federal publicou na noite desta quarta-feira (11), em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU), a Medida Provisória (MP) que define as condições necessárias para compensar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), incluindo o aumento considerável de diferentes impostos e estabelecendo a taxação de investimentos antes isentos.

Para conseguir elevar o IOF em uma alíquota menor do que originalmente previsto, o governo estabeleceu que será necessário um ajuste fiscal. Confira como era a tributação anterior e como ficou após as mudanças:

  • LCA, LCI e outros títulos isentos (investimentos atrelados ao agronegócio/imobiliário): antes eram isentos, agora passam a ter taxa de 5%.

  • JCP (Juros sobre Capital Próprio): alíquota aumentou de 15% para 20%.

  • Apostas on-line (bets): alíquota sobre receita bruta subiu de 12% para 18%.

  • CSLL de instituições financeiras: deixaram de existir as alíquotas de 9%. Agora só valem 15% e 20%.

  • Operações financeiras (IR sobre aplicações): antes variava entre 15% e 22,5%, agora foi unificada em 17,5%.

  • IOF para VGBL (previdência privada): mantém taxa de 5% sobre excedente acima de R$ 300 mil/ano até o fim de 2025. A partir de 2026, o mínimo é R$ 600 mil/ano para qualquer aporte.

  • IOF para risco sacado (antecipação de recebíveis): era de 0,95% + 0,0082% ao dia; agora será apenas a taxa diária de 0,0082%.

  • Crédito para empresas: cobrança fixa caiu de 0,95% para 0,38% + taxa diária de 0,0082%, igual para todas as empresas (inclusive Simples).

  • FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios): passam a pagar 0,38% sobre a aquisição primária de cotas, inclusive por bancos.

Tributação da MP foi amenizada antes de ser divulgada 

O novo decreto publicado pelo governo amenizou pontos importantes da versão original da norma que tratava do IOF. Entre os principais recuos estão a redução de alíquotas sobre crédito para empresas, regras mais flexíveis para isenção na previdência privada e a regulamentação da cobrança sobre fundos de investimento em recebíveis. Confira os detalhes:

Crédito para empresas

  • Texto original: previa cobrança fixa de 0,95%, acrescida de uma taxa diária de 0,0082%, com diferenciação entre empresas do Simples Nacional e demais regimes.

  • Novo decreto: reduz a alíquota fixa para 0,38%, mantendo a mesma taxa diária, e elimina a distinção entre empresas, beneficiando também os pequenos negócios.

Previdência privada (VGBL)

  • Texto original: isenção válida apenas para aportes de até R$ 50 mil por mês por CPF, considerando o total investido em todas as seguradoras. Valores acima disso estariam sujeitos a uma alíquota de 5% sobre o total aportado.

  • Novo decreto: amplia o limite de isenção para R$ 300 mil por ano (R$ 25 mil mensais) até o fim de 2025, com a taxa de 5% incidindo apenas sobre o valor excedente. A partir de 2026, o limite sobe para R$ 600 mil anuais (R$ 50 mil por mês).

FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios)

  • Texto original: não previa cobrança específica sobre aquisição de cotas desses fundos.

  • Novo decreto: institui a cobrança de 0,38% sobre a aquisição primária de cotas de FIDC, inclusive por bancos.

MP fiscal enfrenta resistência no Congresso, mesmo após ofensiva do governo

A Medida Provisória com a proposta fiscal alternativa ao aumento do IOF não teve boa recepção no Congresso Nacional. Nem mesmo a articulação direta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad — que esteve na residência oficial da Câmara para apresentar o texto aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de líderes da base governista — foi suficiente para reverter o cenário.

Na Câmara dos Deputados, o clima é de forte desaprovação. Um dia após a reunião, que durou mais de quatro horas, Motta declarou que o Congresso “não tem compromisso” com a aprovação da MP.

No Senado, a postura foi semelhante. Ainda antes da reunião, senadores da oposição já haviam se manifestado contrários à elevação de impostos proposta pelo governo

 



Contabeis

Leia Também

Vilão dos filmes de terror, Jason faz 79 anos hoje
Solo Seguro muda vida de 117 famílias em duas cidades de AL » Alagoas Notícia Boa
Israel ataca instalações nucleares do Irã e mata os 2 principais líderes
Mudanças na LDO 2025 flexibilizam regras do Imposto de Renda
Cantor sertanejo revela valor do seu primeiro salário na música: ‘R$ 16’
Solo Seguro muda vida de 117 famílias em duas cidades de AL » Alagoas Notícia Boa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *