Menos burocracia e mais inclusão. É com base nessa premissa que o Ministério dos Transportes trabalha na elaboração de um projeto que promete uma “grande mudança” nas regras para emissão da Carteira Nacional de Habilitação. E dentre as principais, está a redução do custo da CNH em todo o país.
O ministro dos Transportes, o alagoano Renan Filho, apresentou detalhes da proposta durante coletiva de imprensa, que precedeu a inauguração de mais um trecho duplicado da BR-101/AL, em São Sebastião, realizada nesse sábado (30).
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“Estou acertando com o Governo (Federal) para a gente baixar o preço da CNH para todo brasileiro. O Brasil tem uma das carteiras de motorista mais caras do mundo. Isso gera exclusão, exclusão por regra. Estou com um pacote para dar o desconto máximo possível. Quem sabe superior a 70, 80% do custo de hoje. Depois nós vamos conversar com os Detrans, também, para ajustar as taxas locais no Brasil”, revelou o ministro, ao lado do governador Paulo Dantas.
Renan Filho revelou que, com base nos dados do Ministério dos Transportes, existem cerca de 20 milhões de brasileiros dirigindo sem carteira de habilitação, diária ou eventualmente.
“Lá no Ministério dos Transportes, a gente tem um banco de dados. A gente sabe qual CPF é dono de qual carro, de qual moto. Quando a gente olha esse CPF, que é dono de uma moto, quantos por cento deles têm carteira? 54% não têm. O cidadão tem uma moto, no nome dele, mas não tem uma carteira de motorista. Então isso está errado”, disse o ministro.
“No Maranhão, por exemplo, 70% dos proprietários de moto não têm carteira. Então, por quê? Porque a carteira é quase o preço de uma moto usada”, comparou o ministro, assegurando que a desburocratização também vai favorecer as autoescolas.
“Para abrir uma autoescola, o cidadão tem que comprar seis carros. Não pode abrir uma autoescola com um carro. Não pode abrir uma autoescola com uma sala. Tem que ter X salas. Isso eleva custo. Mas quem paga esse custo? O cidadão. O que está acontecendo na prática? As pessoas dirigem sem carteira”, ponderou.
“Será uma grande mudança. Nós vamos fazer esse projeto: é menos regra e mais inclusão para melhorar o trânsito do Brasil. Vamos garantir carteira muito mais barata. E eu estou trabalhando para ser o menor preço possível. Vai depender, obviamente, da decisão do governo”, observou.
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