Hugo Motta, presidente da Câmara Federal
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu na manhã deste sábado (14) por mais de duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, em Brasília. Participaram da reunião na residência oficial os ministros Rui Costa (Casa Civil), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além…
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu na manhã deste sábado (14) por mais de duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, em Brasília.
Participaram da reunião na residência oficial os ministros Rui Costa (Casa Civil), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além do deputado Arthur Lira (PP-AL).
A reunião, em pleno sábado, foi chamada após uma semana de duras reações ao pacote fiscal anunciado pela área econômica do governo para cumprir as metas de 2025 e 2026.
Na noite de quarta-feira, o governo publicou uma medida provisória e um decreto presidencial que, entre outras medidas:
- aumentam a tributação sobre as bets;
- aumentam a tributação sobre fintechs (empresas de tecnologia que prestam serviços financeiros, como bancos digitais);
- aumentam a tributação sobre títulos públicos incentivados, como LCIs e LCAs;
- aumentam a tributação dos juros sobre o capital próprio – uma fórmula usada pelas empresas para distribuir lucros, similar aos dividendos;
- mudanças na cobrança do Imposto de Renda sobre investimentos.
Do otimismo à crise política
Parte dessas medidas já tinha sido apresentada a líderes partidários no último domingo (8), em uma reunião na residência oficial de Hugo Motta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu otimista do encontro. Hugo Motta classificou a reuniãocomo “histórica” e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre enfatizou a importância da abertura do diálogo.
O clima de otimismo, no entanto, não durou nem 24 horas.
Na segunda, Hugo Motta afirmou que o Congresso não tinha firmado “compromisso” de aprovar o novo pacote.
Ao longo da semana, frente à reação negativa do mercado e da opinião pública sobre a alta de impostos – e em meio a cobranças para que o Executivo acelere a liberação de emendas parlamentares –, o Centrão passou a dizer que “nunca concordou” com o pacote.