O mercado de segurança corporativa no Brasil vive um ciclo de expansão. Impulsionado pelo aumento da criminalidade digital, pela necessidade de proteção patrimonial e pela crescente exigência de compliance em empresas, o setor movimenta cifras cada vez mais relevantes.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Segurança, o setor já ultrapassa a marca de R$ 35 bilhões anuais, empregando mais de 2 milhões de profissionais diretos e indiretos.
Se antes a segurança corporativa era vista apenas como guarda física e vigilância patrimonial, hoje se transformou em um ecossistema integrado de soluções, que vai da proteção cibernética à análise de riscos institucionais. A chegada de novas tecnologias, como inteligência artificial aplicada ao monitoramento, softwares de reconhecimento facial e sistemas de análise de dados em tempo real, tem acelerado a profissionalização do setor.
Para Kellen Laporte, consultora de segurança e especialista em prevenção de riscos, a transformação é inevitável:
“A segurança corporativa deixou de ser apenas um custo operacional e passou a ser vista como investimento estratégico. Empresas que adotam protocolos modernos, treinamento de equipes e gestão de riscos integrada conseguem reduzir perdas financeiras, proteger a reputação e aumentar a confiança de clientes e investidores.”

A digitalização trouxe também novos desafios. De acordo com relatório da Fortinet, o Brasil foi o segundo país mais atacado por crimes cibernéticos em 2024, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Fraudes digitais, ataques de ransomware e vazamentos de dados têm colocado companhias brasileiras na linha de frente de uma guerra silenciosa.
Nesse cenário, cresce a demanda por consultoria especializada. A atuação de profissionais como Kellen, que unem formação jurídica, experiência prática na Polícia Civil e capacitação internacional em cibersegurança, tem se tornado fundamental para empresas que buscam blindagem patrimonial e operacional.
Outro ponto de atenção é a segurança em condomínios empresariais e residenciais de alto padrão, que movimentam bilhões de reais em investimentos anuais. Palestrante em eventos de referência no setor, Kellen Laporte tem alertado gestores para a necessidade de integrar protocolos físicos e digitais, além de treinar equipes para reagir a crises.
A expectativa é que, até 2028, o mercado brasileiro de segurança corporativa cresça em média 7% ao ano, acompanhando a tendência global. Para Kellen, esse crescimento será acompanhado por uma mudança cultural:
“O futuro da segurança está no equilíbrio entre tecnologia e preparo humano. Não basta investir em softwares e câmeras inteligentes se a equipe não tiver treinamento adequado. A verdadeira prevenção nasce da integração entre pessoas, processos e tecnologia.”
Com um mercado em expansão e cada vez mais estratégico, a segurança corporativa deixa de ser apenas uma preocupação operacional para se tornar fator de competitividade e sustentabilidade empresarial no Brasil e no mundo.