Pelo menos 24 palestinos morreram neste sábado (12) em um tiroteio próximo a um ponto de distribuição de alimentos na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, informou a agência espanhola EFE. A ação foi atribuída ao Exército de Israel, embora as Forças de Defesa Israelenses ainda não tenham se pronunciado oficialmente sobre o caso.
O ataque ocorreu nas proximidades de uma base de distribuição da Fundação Humanitária Americana para Gaza (GHF), no bairro de Tal al Sultán. Segundo Zaher al Waheidi, diretor da unidade do Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas, “o número de mortos subiu para 24” e ainda há corpos não identificados a serem registrados.
“Não basta matarem de fome as pessoas e as crianças — também matam quando elas tentam buscar ajuda”, lamentou o responsável palestino, em referência ao bloqueio imposto por Israel que, por mais de dois meses, restringiu severamente a entrada de alimentos, medicamentos e combustível no território. A liberação parcial da ajuda foi retomada em maio, mas de forma extremamente limitada.
Desde o início das operações de ajuda humanitária, cerca de 805 pessoas já morreram em tiroteios próximos a pontos de distribuição, e mais de 5.200 ficaram feridas, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
A fundação GHF afirma ter distribuído mais de 1,2 milhão de caixas de alimentos desde 27 de maio. Cada caixa, segundo a organização, alimenta 5,5 pessoas por três dias e meio. Com isso, estima-se que pouco mais de 218 mil pessoas tenham sido atendidas nesse período — uma fração da população total de Gaza, que soma 2,1 milhões de habitantes.
A reportagem da EFE verificou no local que as caixas de ajuda são deixadas em paletes, empilhadas, e cabe aos moradores disputá-las. Isso tem gerado cenas de tumulto, brigas e uma distribuição caótica e desigual dos mantimentos.
A GHF também não opera no norte da Faixa de Gaza, região isolada e ainda mais afetada pela crise. Nessa área, segundo relatos, moradores frequentemente interceptam caminhões da ONU e se apropriam da carga à força, em alguns casos com violência.
Segundo Kiev, a ofensiva russa deixou dois mortos e 20 feridos, apesar da interceptação de mais da metade dos artefatos. Zelensky pediu mais defesas aéreas e novas sanções. Moscou, por sua vez, afirmou ter abatido 33 drones ucranianos em regiões do país
Notícias ao Minuto | 07:40 – 12/07/2025