O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sempre cria momentos controversos com profissionais da imprensa e, este domingo (7), acabou respondendo de forma agressiva a uma repórter que o questionou sobre Chicago, depois de ter ameaçado a cidade em uma publicação na rede social Truth Social.
O momento polêmico envolveu Yamiche Alcindor, correspondente da NBC News na Casa Branca.
Trump mostrou-se irritado após a jornalista perguntar: “Está tentando entrar em guerra com Chicago?”.
“Querida, isso são notícias falsas”, disse Trump, antes de deixar a Casa Branca e seguir para Nova York, onde assistiu à final do US Open de tênis.
A jornalista tentou interromper, mas Trump falou por cima e atirou: “Cala sua boca, ouça! Você não ouve! Você nunca ouve. É por isso que é de segunda categoria”.
“Não vamos entrar em guerra, vamos limpar as nossas cidades”, continuou.
Trump a una periodista que le pregunta si van a la guerra en Chicago: “Por eso eres de segunda. No vamos a ir a la guerra. Vamos a limpiar nuestras ciudades… para que no maten a cinco personas cada fin de semana. Eso no es guerra. Es sentido común”. pic.twitter.com/K289EefIaj
— Informe Orwell (@InformeOrwell) September 7, 2025
Vale lembrar que no dia anterior, o presidente norte-americano usou as redes sociais para ameaçar o governo do Estado de Chicago, que é comandado pelos democratas. O presidente dos EUA publicou no Truth Social uma imagem que fazia referência ao filme ‘Apocalypse Now’, na qual aparece retratado sobre um fundo com os arranha-céus de Chicago, vários helicópteros e chamas de fogo.
“Adoro o cheiro das deportações pela manhã… Chicago vai descobrir porque é que se chama DEPARTAMENTO DE GUERRA”, escreveu Trump na publicação, referindo-se à recente mudança de nome do Departamento de Defesa.
Trump deixa ‘aviso’ a Chicago: “Prestes a descobrir porque é que …”
O presidente norte-americano, Donald Trump, recorreu à sua rede social Truth para deixar alguns ‘avisos’ à cidade de Chicago, como por exemplo, o fato de ter renomeado o Departamento de Defesa para Departamento de Guerra.
Por sua vez, o ‘czar das fronteiras’ dos Estados Unidos, Tom Homan, afirmou hoje, em uma entrevista no programa “State of the Union”, da CNN, que a publicação de Trump foi “tirada de contexto”.
Segundo Tom Homan, o Presidente dos EUA referia-se ao fato de o Governo “entrar em guerra com os cartéis criminosos, os imigrantes ilegais e as ameaças à segurança pública”.
o ‘czar das fronteiras’ de Trump antecipou que poderia ocorrer esta semana o envio da Guarda Nacional para Chicago, embora não tenha dado mais detalhes, alegando que se trata de “informação sensível para as forças da ordem”.
No último dia 11 de agosto, Donald Trump assumiu o controle da segurança de Washington, inicialmente por 30 dias, invocando a lei que permite intervir na autoridade da cidade, e justificou esta medida com a existência de uma emergência devido ao elevado índice de criminalidade, apesar de os números de homicídios da polícia local serem os mais baixos das últimas três décadas.
Na quinta-feira, a Guarda Nacional de Washington DC prolongou o serviço e vai permanecer na capital dos Estados Unidos até 30 de novembro, enquanto uma nova ação judicial da cidade foi entreposta contra o Governo de Trump pelo envio de militares que começou em agosto.
O Presidente planeja estender a militarização a outras cidades governadas por democratas, como Chicago, Nova Orleães ou Baltimore, ignorando a rejeição dos presidentes de câmara e governadores dessas localidades.
O aliado de Donald Trump, William Pulte, que é presidente do Conselho da Agência Federal de Financiamento Habitacional dos EUA (FHFA, na sigla em inglês), fez acusações contra Lisa Cook nas redes sociais
Estadao Conteudo | 06:40 – 08/09/2025